Aguafriano: Do interior do Rio para os versos que ecoam resistência, cultura e amor
No episódio de estreia do podcast Na Base do Verso, apresentado por Thay Rocha, Aguafriano compartilha sua caminhada de forma íntima e inspiradora, uma conversa que revela um artista com uma alma inquieta que encontrou na arte um modo de resistir, comunicar e sobreviver.

A caminhada de Aguafriano com a música começou cedo, não por acaso, mas por influência direta de quem ele considera parte da família.
“Na música mesmo eu comecei a me apaixonar [pela música] por conta do meu amigo, e considero-o meu irmão, que é o Nilton. Ele é um artista também, inclusive neste ano ele vai lançar um EP também.”
Desde pequeno, Aguafriano convivia com o talento e a parceria de Nilton. “A gente aqui só tinha a minha família e a dele, assim, principalmente, aqui na redondeza. E aí a gente sempre foi muito amigo, sempre muito junto, e ele tocava violão e escrevia."
Esses encontros foram os primeiros passos de uma trajetória construída na base da conexão e da inspiração entre amigos.
“E aí eu cantava as músicas dele, as letras dele, ele tocando. Isso foi me envolvendo... me envolvi a tentar escrever também.”
A partir desse estímulo, Aguafriano passou a se arriscar na escrita, despertando um processo criativo que se tornaria parte essencial da sua vida.
A escola como espaço de criação
Na escola, novas conexões deram continuidade ao movimento. “Na escola eu conheci um amigo chamado Ihago. Ihago Mendes, que também é artista incrível.”
Foi com Ihago e Neném que as rimas começaram a ganhar forma. “Também começou a se envolver, ele virou dj, o Neném. E aí na escola a gente ficava fazendo rima ali, brincando.” O que começou como brincadeira logo se transformou em algo maior, coletivo, e movido por muita vontade de fazer arte.
Esse envolvimento levou o grupo a participar da rádio escolar.
Foi nesse ambiente que Aguafriano mergulhou ainda mais fundo na cultura hip hop, mesmo com poucos recursos.
“Comecei a participar dessa parada, tentando fazer algum movimento. Tentando criar algumas coisas. Com muito pouco recurso, né? Bastante amor.”
A estética da vivência: identidade artística e compromisso com a realidade
A trajetória de Aguafriano é marcada por uma profunda conexão com o lugar onde vive. Suas composições são atravessadas pelas contradições da quebrada, pelas potências da coletividade, pelas dores da exclusão e pela esperança de mudança. Cada rima é carregada de contexto, cada verso pulsa com o que se vive.
Mais do que um artista da palavra, Aguafriano é também um observador sensível. Sua música é espaço de denúncia, de memória e de reconstrução.
Do improviso à projeção: o futuro é agora
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Por Redação
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