Akira Presidente solta o verbo em participação visceral no projeto Sala Vermelha

A faixa inédita de Akira Presidente, lançada em 6 de junho de 2025, marca um reencontro musical com o produtor El Lif Beatz, parceiro de longa data, e é um verdadeiro mergulho nas raízes do boombap e na expressividade de sua lírica.

O rapper carioca Akira Presidente, nome consolidado no rap nacional, ressurge com força no cenário em sua participação no projeto Sala Vermelha, iniciativa da gravadora Rock Danger. A faixa inédita, lançada em 6 de junho de 2025, marca um reencontro musical com o produtor El Lif Beatz, parceiro de longa data, e é um verdadeiro mergulho nas raízes do boombap e na expressividade de sua lírica.

Uma participação de peso

O projeto Sala Vermelha se destaca como um espaço de experimentação, visibilidade e afirmação dentro da cena nacional. Em pouco mais de oito meses, a iniciativa já reuniu mais de trinta episódios com MCs, produtores e artistas que buscam expandir os limites do rap, e a presença de Akira Presidente não poderia passar despercebida.

“Participar do Movimento com a Sala Vermelha, pra mim, antes de mais nada, é uma honra. O projeto conta com uma rapaziada braba; vários amigos participaram e ainda vão participar… Fico feliz por estar nesse bolo”, comentou o artista, reconhecendo o valor coletivo da construção cultural.

Reencontro sonoro com El Lif Beatz

A música sela o retorno de Akira à parceria com El Lif Beatz, com quem não lançava nada desde o álbum Êxito. A nova faixa é marcada por rimas densas, com temática pessoal e batidas clássicas do boombap. O beat, carregado de melancolia e firmeza, dá o tom ideal para versos que revelam sentimentos profundos.

“Essa faixa tem umas rimas muito pessoais. Minhas rimas falam de momentos difíceis, buscando afirmação dentro de tudo isso. Como digo naquele trecho: ‘minha mãe tava com câncer, meu mano tava preso’. Tento trazer tudo isso de forma direta, seca. Vem do estômago.”

A honestidade das palavras, aliada à experiência com El Lif Beatz, transforma a faixa em um manifesto íntimo e corajoso, reafirmando a identidade de Akira como artista que não foge das próprias dores para construir arte.

Uma trajetória de inovação e independência

Desde 2014, Akira Presidente vem trilhando um caminho sólido e autoral. Após fundar a Pirâmide Perdida Records em 2016, o artista evoluiu para criar seu próprio selo, a Melhoria Music, por onde lançou projetos como o Boombapkilla, Melhoria Tape Vol.1 e Omertà.

Em 2023, seu projeto em parceria com Barba Negra, intitulado As Incríveis Histórias De: Underground Superhero Vs o Terrível Ladrão de Loops, marcou mais um ponto alto de sua discografia. A versão deluxe, lançada um ano depois, trouxe participações de Tássia Reis, Killa Bi, Nill e Xis, ampliando a diversidade e a força narrativa do trabalho.

Mais recentemente, singles como Kobe e Big Man, em parceria com Fleezus e CESRV, mostraram que Akira continua atento às novas tendências, sem abrir mão de seu conteúdo crítico e de sua assinatura estética.

Expectativas para o novo álbum

A participação no Sala Vermelha serve como aquecimento para o aguardado novo disco de Akira Presidente. Ainda sem nome revelado, o projeto promete seguir a linha pessoal e densa que o rapper tem trilhado, unindo novas colaborações e experiências sonoras que flertam com o clássico sem deixar de olhar para o futuro.

A nova faixa representa um momento de resgate, mas também de transição. É um ponto de contato entre o que Akira viveu e o que ainda está por vir, uma jornada artística forjada na vivência, na dor e na lírica afiada.

Escrito pela equipe de Redação West Side