Eliá transforma afeto em arte com a mixtape “Romântico”
"Romântico" não entrega uma história com final feliz. Não há moral da fábula. O que se vê e se ouve é uma travessia honesta por sentimentos que muitas vezes ficam engasgados.

Obra audiovisual estreou dia 12 de junho no YouTube e chega às plataformas digitais em 20/06
Foto: Wander Scheeffër
As inquietações provocadas pela ausência ecoaram nos versos e no beat, dando origem à mixtape 'Romântico', nova obra de Eliá produzida integralmente por CL Fez o Beat. Lançada no YouTube ao meio-dia do dia 12 de junho, a mixtape estreou como uma experiência sensorial completa, com visualizers interligados que narram uma história contínua. No dia 20, o projeto também chega às plataformas de áudio.
"Romântico" é o reflexo íntimo de uma vivência concreta. Durante um período de isolamento emocional, Eliá encarou de frente o peso da saudade e o impulso de dizer o que, até então, havia ficado guardado.
“Foi a primeira vez que esse sentimento me pegou de jeito. Nunca tinha falado disso nas minhas músicas, nem sentido dessa forma. Quando veio, eu precisei colocar em palavras”, conta o artista.
A faixa “Interlúdio (Romântico)” foi o ponto de ignição e a partir dela, a estética, a narrativa e o fio condutor da obra tomaram forma. Cada música passou a ser tratada como um fragmento da sua história.
“A narrativa é a minha própria vida. Cada faixa é um capítulo do que eu vivi. Essa mixtape é quase como um diário”, afirma.
Ao longo das cinco faixas, Eliá divide espaço com Sicck, Mtzyn e Manu Jansen, vozes igualmente ligadas à cena urbana e às margens criativas do Rio. O resultado é um álbum de afetos periféricos, com rimas que não pedem licença para ser vulneráveis.
“A gente queria criar algo novo, algo nosso. Essa tape soa como o lugar de onde a gente vem, mas também aponta pra onde a gente quer ir”, completa Eliá.
Som de onde viemos, visão de onde queremos chegar
Musicalmente, "Romântico" mescla Jerk, samples clássicos da música brasileira e batidas que nascem da vivência carioca. A produção, feita a quatro mãos entre Eliá e CL, busca a síntese entre o referencial e o inovador, o popular e o poético.
A narrativa visual da mixtape é dirigida por Xima, parceiro artístico de longa data. Cada clipe se conecta ao outro como episódios de uma mesma trama, que caminha ao lado das letras.
“A ideia aqui é causar identificação. Mostrar que o sentimento é real, que qualquer um pode viver isso”, explica o diretor.
Entre os elementos simbólicos, o mais marcante é o buquê de flores, presente em momentos-chave dos vídeos.
“É a poesia visual da paixão. O buquê em chamas simboliza o amor que consome, mas também ilumina”, diz Xima.
Amor sem manual
Romântico não entrega uma história com final feliz. Não há moral da fábula. O que se vê e se ouve é uma travessia honesta por sentimentos que muitas vezes ficam engasgados.
O amor que Eliá propõe é real: romântico, carnal, cotidiano, intenso e confuso. Um amor sem idealização, mas cheio de significado. Uma arte que nasce do estômago e chega direto no peito.
Com uma trajetória sólida e consistente no seu trabalho musical, Eliá já acumula mais de oito anos de carreira, com lançamentos que transitam entre o underground carioca e a experimentação sonora. Seu canal no YouTube guarda uma discografia visual rica, marcada por faixas como “BOOM”, “GOAT”, “Gata eu não te culpo eu que não te quero mais” e a mixtape “Apenas relatos da vida de um real mano”.
Para conhecer mais do trabalho do artista e acompanhar os lançamentos da nova era, visite o canal oficial de Eliá no YouTube e mergulhe em um universo musical autêntico, direto da BXD.
Por Redação.
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